Lago Esmeralda
Antes da Maldição da Noite Eterna, as margens do Lago Esmeralda abrigavam várias colônias de pescadores, que colocavam o excedente da produção em grandes canoas e velejavam rio acima, vendendo os peixes de vilarejo em vilarejo até chegarem nas grandes muralhas da cidade de Debathon.
Nas semanas que sucederam o último poente, uma revoada de dragões desceu das montanhas, vôou sobre as muralhas e expulsou todos os seus habitantes, tomando as ruinas de Debathon como seu novo lar.
Com a noite sem fim o número de peixes do lago se reduziu drasticamente, e apenas uma espécie de bagre que habitava seus recantos mais profundos e que já estava adaptado à escuridão pode ser pescado, ainda que com certa dificuldade. As poucas pessoas que não fugiram para o Império dos Elfos, distante várias luas de caminhada para oeste, buscaram refúgio nos arredores das minas de uma família de anões que escavava as esmeraldas que davam nome ao lago.
Dizem que muitos anos atrás as gemas afloravam das margens do lago e eram muito abundantes, mas hoje é preciso cavar fundo para encontrá-las. Os anões ofereceram trabalho àqueles que se dispusessem a trabalhar nas minas, e trocavam peixes, tecidos e outros bens pelos utensílios de bronze, cobre e estanho que manufaturavam com o minério que também encontravam nas minas.
Longe o suficiente das bordas do Império dos Elfos para que não despertasse maior interesse, assim foi a vida nas margens do Lago Esmeralda, até que um dos anões manifestou poderes divinos, algo que não era visto há muitos anos por aquelas bandas.