Ambientação
Um Mundo em Guerra
Quando um antigo Inominável Mal entrou em Anamir, uma paz que perdurava por várias eras chegou ao fim. As forças das trevas avançaram sobre o mundo levando morte e destruição e o poderio dos reis élficos e anões isoladamente não era páreo para o poder desse antigo mal.
Uma improvável aliança entre os elfos, anões e a jovem raça dos homens surgiu nesse momento de desespero, formando o Exército da Tríade. Embora faltasse aos homens a tecnologia e a experiência das raças mais antigas, eles possuiam um ímpeto muito maior, e cresceram rapidamente com o apoio dos primogênios. Eles aprenderam sobre a magia, a forja e logo descobriram como tocar as forças de criação de tudo que os cercavam, tornando-se capazes de batalhas cada vez mais devastadoras. Após um conflito que perdurou por séculos, finalmente a Tríade conseguiu derrotar o Mal e aprisioná-lo.
Novos Conflitos
Com o fim do conflito, os elfos e os anões voltam se para suas vidas pacíficas anteriores, mas os homens permanceram sua busca por formas mais eficazes de destruição, de modo a garantir vitórias rápidas e irreversíveis sobre seus adversários.
O preço dos constantes conflitos não era pago apenas pelos envolvidos diretamente, mas todos em Anamir. Florestas eram destruídas, vilas saqueadas e recursos exauridos para manter as máquinas de guerra em constante funcionamento. Além das forças militares regularmente empregadas e de toda a magia, os sacerdotes humanos, dotados de um livre arbítrio particular de sua raça, utilizavam inconsequentemente a fé e poderes divinos de tal maneira que começaram a danificar a existência em si. Os deuses de outras raças, mantendo uma presença velada, pouco interferem para limitar os recursos em jogo, e o embate escalava para proporções nunca antes vistas.
Preocupados com os acontecimentos, os elfos tentam uma solução diplomática reunindo representantes de todas as raças em um grande conselho, mas não logram êxito. O conflito continua e uma segunda tentativa de conciliação é iniciada, com resultados ainda mais desastrosos. Os anões não aparecem e se isolam dentro de suas montanhas, delegando a responsabilidade e o ônus do conflito aos envolvidos, enquanto os halflings tem seus reinos cercados e começam a formar alianças.
Os elfos não desistiram e mantiveram seu plano, tentando mediar a situação. Esforços que atingiram um momento de calmaria, que na verdade teve resultados ainda mais destrutivos quando o primeiro reino humano quebrou a trégua e massacrou as terras do reino vizinho pego despreparado. Após este incidente a guerra retornou de forma ainda mais avassaladora e o desespero caiu sobre os reinos élficos.
Mallahoc Shadowlord, o rei élfico de Helegost, a fortaleza de gelo no sul, se preocupava cada vez mais e cobrava de seus iguais outra missão diplomática, pois ele mesmo não poderia dispor de forças militares ou recursos sem comprometer a eterna guarda de seu reino sobre a força sombria que era mantida nas montanhas de gelo vigiadas por seu reino. Sua dinastia guardava a escuridão primordial em sua forma mais primitiva, capaz de envolver o mundo e desligá-lo praticamente de todas as forças basais da criação.
Yibith Yanthil
É neste cenário que um sacerdote élfico chamado Yibith Yanthil surge e se apresenta como consultor dos líderes dos reinos élficos reunidos no conselho. Suas idéias começam a ganhar força, e um novo plano de ação começa a surgir. Um ritual libertaria a escuridão eterna sobre o mundo, isolando os humanos de seus deuses, retirando o poder daqueles que controlam as forças mais destrutivas. Para isso um manto seria colocado sobre a existência e o firmamento. Apenas os sacerdotes élficos manteriam os canais de comunicação com as forças além desta barreira.
Mallahoc prontamente se mostrou contra, assim como Danarion, mas suas vozes foram abafadas e os 3 reis restantes, Kithanis, Ghilkanar e Landir apoiaram o sacerdote e estavam dispostos a qualquer sacrifício. Yibith Yanthil pede aos três outros reis um exército para rumar em direção ao sul, apenas como forma de pressionar o rei Mallahoc e demonstrar a urgencia de suas ações. Após outra negativa, Yanthil simula uma retaliação violenta de Mallahoc. Os outros reis acreditam que haviam sido traidos por seus irmãos do sul e respondem a altura. Teve início então o fratricídio, quando elfos praticamente exterminaram todos os seus irmãos do reino de Mallahoc. Alheios, os anões nada fizeram, enquanto os humanos, ocupados demais com sua propria guerra, sequer se deram conta do que havia acontecido. Temendo o mesmo destino de Mallahoc, a rainha Danarion, após ter recebido os poucos sobreviventes do reino destruido, entre eles o príncipe Neurion III, foge com sua gente para um lugar desconhecido e lá funda uma resistência à nova ordem mundial que se estabelecia.
O Último Poente
Tendo se livrado das defesas ancestrais que a protegia, Yibith Yanthil toma o controle da lendária força mantida trancada e sob eterna guarda do reino da fortaleza de Helegost e a usa para derrubar o manto sobre os céus. Quando o ritual é finalizado, praticamente todos os cléricos do mundo morrem instantaneamente, e os poucos que sobrevivem perdem seus poderes. Yibith Yanthil culpa a recusa de Mallahoc e Danarion em participar como a razão para a "falha" no ritual, causando a morte de todos os cléricos. Alegou ter julgado de forma erônea, achando que tinha todas as ferramentas, quando na verdade era necessária a participação de todos os reis élficos.
É iniciada então a segunda fase do plano e os elfos marcham sobre os reinos humanos. Tomando todo o controle e assegurando seu reinado de ferro por todos os feudos a nova ordem é finalmente concretizada. Todos devem se submeter ao controle do Reino Trino. Todos os reinos mortais passam a ser controlados pela capital élfica, que elege líderes para as demais nações e mantem um controle imperial sobre todos os reinos. A força de controle agora se dá pelo grande Conclave Élfico, formado pelos reis élficos e presidido pelo Sacerdote Yibith Yanthil.
As terras além dos reinos controlados crescem em desordem, e as forças escuras antes ocultas do sol vagam livremente e tomam tudo aquilo que não está sob proteção do poder élfico. As viagens entre os reinos é perigosa e a vida possui regras novas fora de seus domínios.